sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A espetacular estréia de AHS: Freak Show

Atenção para possíveis spoilers.


Bom, gostaria de começar avisando que este post deveria ter saído ontem, mas, por motivos de força maior, isso não foi possível, então não vamos adiar mais e vamos falar do que interessa e fazer uma pequena análise sobre o primeiro capítulo de Freak Show, a 4ª e aguardada temporada de American Horror Story, que estreou nessa quarta-feira já batendo recordes.

Como já cita o título dessa postagem, a estréia realmente foi um espetáculo, e uso essa definição por algo além da temporada se passar em um ambiente de shows. Toda a produção, desde cenário, atuação, figurino e enredo tornaram o primeiro episódio algo digno de ser definido, sem grandes exageros, pela tão famosa frase circense "o maior espetáculo da terra".

Confesso que o primeiro episódio não foi nada parecido com minhas expectativas, o que não significa algo negativo. Eu tinha em mente algo mais dedicado aos freaks, mostrando com clareza quem são todos eles e suas anomalias e uma participação maior deles no show, que ficou em sua maioria voltado para a Elsa. Também não esperava uma participação tão ativa do Clown Killer logo de cara, e isso seria o mais surpreendente do primeiro episódio, se não fosse pela cena final onde se descobre que a Elsa não possui as pernas e usa uma prótese. Nessa cena, confesso que fiquei igual a um ovo: chocada.

Mas, se minhas expectativas não foram atendidas, meu extasiamento foi. Começando que, depois de toda a divulgação de Freak Show, os segundos iniciais do episódio já causam uma ansiedade que se segue por ele todo e acredito que atinge o auge na apresentação do espetáculo, quando os freaks são mostrados para a platéia (de duas pessoas, mas enfim) e com o belíssimo cover de Elsa da música "Life on Mars", do David Bowie. Sobre esse cover, há várias opiniões circulando por ai, desde as que afirmam que ele foi maravilhoso até as que dizem que foi forçado. Acredito, não podemos colocar o cover no mesmo patamar de "The Name Game", em Asylum, mas não podemos negar sua beleza e nem que ele foi capaz de encantar e que condisse perfeitamente com a cena,  com o contexto e com Elsa.

O outro destaque dessa temporada é o Clown Killer, e sobre ele ainda não consegui formar uma opinião concreta. Acontece que eu tenho medo de palhaços, e quando descobri que haveria um em Freak Show e que seria um assassino, quase desisti de assistir, mas com o tempo esse medo foi passando e praticamente sumiu com a divulgação da promo do primeiro episódio, onde aparecia o Clown Killer. Diferentemente dos outros palhaços, a aparência do de Freak Show não é nada característica e portanto, é difícil associar ele com aqueles palhaços tradicionais que causam medo pela aparência, como o Pennywise. Apesar do sorriso macabro que está nos restos da máscara que o Clown Killer usa, o horror relativo a ele vem pelas expressões faciais e corporais. Julgando pelo primeiro episódio e pela promo do segundo, acredito que o nosso palhaço nem um pouco amigável causará mais uma agonia psicológica do que um terror.

O que é claro sobre os freaks é que todos eles são personagens internamente complexos apesar das deformidades - que poderiam ou não afetar alguma área cerebral e portanto atrapalhar nessa complexidade -, como também são altamente perturbados em sua maioria, justamente por causa das suas anomalias que não são vistas com olhos condizentes pelo restante do mundo, sendo Jimmy Darling o maior representante dessa personalidade.

Também não posso deixar de falar de Bette e Dot, que, junto com Elsa, aparentam serem novamente as principais, levando em conta que esses papeis já foi ocupado por Jessica Lange e Sarah Paulson nas temporadas anteriores. A grande questão das irmãs siamesas vai muito além do compartilhamento do corpo, tarefa que já não é fácil e chega a beirar a uma quase impossibilidade, já que ambas têm personalidades completamente opostas. E, sobre elas, deixo o meu palpite: levando em consideração as dicas dos produtores antes da estreia e o que o primeiro episódio já deixou claríssimo, volto a pontuar o que acabei de dizer, no caso, compartilhar um corpo entre essas duas irmãs beira a uma quase impossibilidade. Ou seja, ao que tudo indica, as irmãs siamesas provavelmente não serão mais isso até o final da temporada.

Acredito que, se Freak Show não for um a temporada mais intrincada que Asylum, será tanto quanto, e também muito mais envolvente do que todas as anteriores, até mesmo que Murder House. Mas, por enquanto, só nós resta esperar os episódios que confirmarão ou não nossas expectativas, e sobre isso digo o seguinte: só pela promo do segundo episódio (que você pode conferir abaixo), acho que as expectativas não serão confirmadas, e sim superadas.


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